O Ministério da Saúde emitiu um alerta pedindo que estados e municípios comuniquem casos suspeitos de febre-amarela após registros de dois novos casos na divisa entre São Paulo e Minas Gerais. Em nota, a pasta destacou que agilidade é importante para que futuros surtos de febre-amarela no país sejam evitados e ações de resposta sejam prontamente executadas.
O comunicado ressalta que a doença é facilmente evitável por meio de vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as idades. Entretanto, a cobertura vacinal contra a febre-amarela no Brasil está abaixo do recomendado. Entre as recomendações do ministério estão o alerta para que equipes de vigilância e de imunização intensifiquem as ações nas áreas afetadas, com ampliação para municípios vizinhos; a notificação do adoecimento ou morte de macacos; e a atenção a sintomas de febre leve e moderada em pessoas não vacinadas.
A pasta recomenda ainda que seja utilizada a estratégia da busca ativa de pessoas não vacinadas nas regiões de ocorrência de casos. Na última sexta-feira, 150 mil doses extras da vacina contra febre-amarela foram disponibilizadas ao estado de São Paulo. De acordo com o ministério, a febre-amarela é classificada como endêmica apenas na região amazônica, mas, de tempos em tempos, o vírus reaparece em outras áreas. A maioria dos casos ocorre entre dezembro e maio.
Nos últimos seis meses, quatro casos foram registrados no país, um em Roraima, um no Amazonas e dois em São Paulo. Desse total, três pacientes morreram. Os dois casos mais recentes foram identificados em um homem de 50 anos, morador da região entre Águas de Lindóia e Monte Sião, que morreu; e outro, de 28 anos, no município de Serra Grande, que já está curado.
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