O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o YouTube receberam uma determinação da Justiça Eleitoral para remover o vídeo em que ele pede votos para o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, durante o evento de 1º de maio, no estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital paulista.
O pedido da liminar foi do Partido Novo, que acionou a Justiça contra a fala de Lula. Na decisão, o juiz estabeleceu que o vídeo fosse removido do canal do presidente na plataforma em até 48 horas. Por volta das 15h, o vídeo foi retirado da página de Lula no YouTube.
“A permanência do vídeo na rede pode macular a paridade entre os possíveis candidatos ao pleito vindouro, especialmente porque, além da extemporaneidade do ato de campanha, se trata de um cabo eleitoral de considerável relevância.”
O juiz eleitoral não concordou com a solicitação de que Lula ou Boulos se abstenham de realizar novas ações de campanha e divulgação em redes sociais fora do período eleitoral, uma vez que, de fato, isso é proibido por lei. Lula classificou a eleição deste ano em São Paulo como “verdadeira guerra” e pediu para que seus eleitores votem no deputado na disputa para a Prefeitura da capital paulista.
Pré-candidatos de SP vão à Justiça
A legislação eleitoral não permite propaganda na chamada pré-campanha e proíbe pedido de voto. A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Novo, Marina Helena, foi uma das responsáveis de protocolar uma das ações pela por propaganda antecipada contra Boulos e Lula.
No pedido, a defesa do Partido Novo solicitou uma concessão da liminar para determinar que “os Representados se abstenham de realizar qualquer ato de campanha eleitora antecipada e divulguem os mesmos em suas redes sociais”, além da aplicação de multa que pode variar de R$ 5.000 a R$ 25 mil.
O Palácio do Planalto já tinha apagado do CanalGov, do Youtube, a transmissão dos discursos do 1º de Maio. Porém, ela seguia no perfil pessoal de Lula nas redes sociais. O Diretório Municipal do MDB de São Paulo, partido do prefeito Ricardo Nunes, pré-candidato à reeleição, afirmou, por meio de nota que considerou a fala de Lula propaganda eleitoral antecipada, e acionou a Justiça.
Em nota, Josué Rocha, o coordenador da pré-campanha de Boulos, declarou que Nunes “tenta criar uma cortina de fumaça para despistar o uso de eventos oficiais da Prefeitura”.
“Ricardo Nunes tenta criar uma cortina de fumaça para despistar o uso de eventos oficiais da Prefeitura, realizados com dinheiro público, para a promoção de sua candidatura à reeleição - como já noticiado pela imprensa. Ele é quem deve explicações à sociedade”, disse.
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